12 abril 2009

Chuva?!

A chuva é essencial e é sinônimo de riqueza, porém numa cidade sem saneamento básico, como a nossa cidade, pode se transformar em transtornos e decadência, estigamatizando locais de grande potencial, como é o caso da Ilha de Deus.
Por esse e tantos outros motivos a Ação Comunitária Caranguejo Uçá, expõe essas imagens e traz essa reflexão.





Intercâmbio Internacional dos Poupadores!

Os poupadores: trata-se de um movimento político e financeiro impulsionado por mulheres, que lutam por condições dignas, em algumas partes do mundo, como África do Sul, Chile, México, Brasil, entre outros, com a proposta de fortalecer pessoas e comunidades que não se identificam com o sistema econômico financeiro vigente. No mês de março de 2009 em meio a comemoração do Dia Internacional das Mulheres, representantes de diversas localidades do mundo estiveram vivenciando uma experiência na Ilha de Deus, com o grupo de poupadores locais. Estiveram presentes participantes do Brasil de Recife, São Paulo, Minas Gerais, e também da África do Sul, Chile, Bolivia, Peru e Alemanha.






Folia na Ilha!

Muitas cores nas cabeças, muita água, paz, batuque e frevo no pé!
A expressividade latente no povo da Ilha de Deus marcou a festividade carnavalesca em 2009.





Vitória!

Vitória de toda a comunidade da Ilha de Deus, que se dá diante de diversas batalhas, com determinação e, sobretudo com envolvimento na realização dos sonhos, afinal são sonhos coletivos. Embora a contrução da Ponte Vitória das Mulheres seja de responsabilidade dos governantes, a Ilha se mostra e da sua contribuição na argumentação, no planejamento e na execução concreta com a força do trabalho coletivo.



A DIVERSIDADE DO MANGUE!





A diversidade no mangue é composta por espécies nativas e migratórias, que sobrevivem diante de um contexto de degradação ambiental e de políticas públicas inexistentes na cidade do Recife. Esse cenário é foco de discussão, ação e denúncia constante, pelas próprias espécies que se exibem diante das nossas lentes, nos escolhendo como interlocutores dessa agonia vivida pela natureza, talvez nos reconhecendo como aliados, na perspectiva de promover o equilíbrio do ecositema.




03 março 2009

PELA VIDA, PELO TEMPO!

No próximo dia 04 de março, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) e o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), irão exibir o filme “Pela Vida... Pelo Tempo”, às 17h, na Associação Médica de Pernambuco, na Rua Oswaldo Cruz, nº 393, Boa Vista.

O material foi produzido a partir das constatações e experiências feitas nos municípios do Estado de Pernambuco pela Caravana do Cremepe, realizada nos anos de 2005, 2006, 2007 e 2008. As entidades médicas, então, decidiram elaborar o filme, que é um misto de ficção e documentário com ênfase no abuso sexual da criança e do adolescente.

Logo após a exibição, haverá um debate com a participação do diretor do filme, Wilson Freire, e demais representantes das entidades médicas envolvidas no projeto: Simepe, Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Conselho Federal de Medicina (CFM). Os convidados também participarão da discussão.

Sinopse do filme “Pela Vida... Pelo Tempo”:

No final da década de 60, um pai resolve voltar à sua terra natal com os dois filhos por causa de uma herança. Ao chegar ao local, interior de Pernambuco, a família passa a conhecer de perto todas as dificuldades do sertão nordestino: seca, miséria, fome e falta de perspectiva.

Diante da triste realidade o patriarca procura uma maneira de garantir o sustento da família, mesmo que para isso tenha que causar imensa dor e sofrimento aos filhos.

Numa sucessão de fatos, ocorre uma tragédia, a filha deixa o sertão e sai em busca de liberdade até chegar à capital pernambucana, Recife. Sem parentes, dinheiro e somente com a roupa do corpo, a jovem percorre quase todos os bairros da cidade.

Nas andanças pelo Recife, ela passa por inúmeras experiências, entre elas, a de conhecer um casal que a oferece um lugar para ficar.

O filme aborda de forma poética a questão do semi-árido, passando pela exploração sexual, pela repressão aos trabalhadores da zona da mata e pela busca da sobrevivência e felicidade através da migração.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe

15 fevereiro 2009

A LUTA CONTINUA COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS!


REUNIÃO DO CARANGUEJO UÇÁ...É PRECISO PLANEJAR!




As reuniões do Caranguejo Uçá acontecem toda quinta-feira às 17:00h.

O FUTEBOL !




O FUTEBOL PROMOVE A INTERAÇÃO, POSSIBILITANDO EXERCITAR O CRESCIMENTO INDIVIDUAL E COLETIVO, E TAMBÉM DESCOBRIR GRANDES TALENTOS...MUITO BOM!

TEÇA NO MANGUE INTERAGE COM ESTUDANTES DE MEDICINA UFPE!




A DIFERENÇA SE CONSTRÓI NO DIA A DIA...E A RESPONSABILIDADE É DE TODA A SOCIEDADE!

URBANIZAÇÃO DA ILHA DE DEUS!

Construção adequada da Ponte Vitória das Mulheres...atendendo as exigências da comunidade!

06 dezembro 2008

Mutirão artístico é promovido

Por Daniel Leal


“Queremos reinventar, dar uma nova roupagem não só as músicas, mas a atitude das pessoas. Transformar os conceitos e integrar a consciência ecológica ao dia-a-dia das pessoas”. É com esse pensamento que um dos integrantes da Ação Comunitária Caranguejo Uçá, Edson Fly, juntamente com os demais integrantes do projeto e dos moradores da comunidade da Ilha de Deus, na Imbiribeira, Recife, promoveram ontem, um mutirão de grafitagem na localidade, colorindo um pouco mais as ruas e vielas do local. As atividades, inclusive, também terão prosseguimento, por todo o dia de hoje, quando será promovido um brechó - com feira de iguarias da comunidade local - petiscos marinhos, artesanato, mostra fotográfica e de vídeo, além de teatro e shows culturais.


Muitos jovens e adultos da Ilha passaram a aderir à grafitagem - até mesmo - como meio de vida. Galo Souza, 30 anos, é um exemplo para os jovens, já que deixou a pixação para se dedicar à arte. “Antes eu pixava, passei uns dez anos assim. Não era bom porque a gente tinha que ficar escondido e discriminado. No grafite você pode dialogar sua arte, mandar sua mensagem e ter reconhecimento”, falou Galo.


Para Fly, essas atividades também ajudam a dismistificar atitudes que, para ele, são artísticas. “Grafitar é a leitura do desejo de aprender e não apenas do vandalismo, como muitos interpretam. A idéia é fazer com que toda a comunidade se integre e participe”, diz.

05 dezembro 2008

Artesanato, grafite e música resgatam a cultura do mangue na Ilha de Deus

A Ação Comunitária Caranguejo Uçá promove na comunidade da Ilha de Deus o V Brechó Cultural que acontece nesse fim de semana. Hoje a partir das 14h haverá um mutirão de grafite que irá colorir as ruas da comunidade. À noite é a vez das apresentações teatrais. Trata-se de uma intervenção para valorizar as raízes da cultura do mangue que esse ano traz o tema “Comunidade do Mangue Apresenta-se”. O Brechó terá shows, festival de iguarias do mar, fotografias, vídeos, teatro de rua e artesanato. “Queremos reinventar, dar uma nova roupagem não só às músicas, mas à atitude das pessoas. Transformar os conceitos e integrar a consciência ecológica ao dia a dia das pessoas”, explica um dos produtores Edson Fly. Nessa edição o evento presta uma homenagem à memória de José Alves da Silva, cantador de cocos, e comemora o 13º aniversário do Documento Nordeste, parceiro do Caranguejo Uçá.

Os shows acontecem amanhã, dia 6, a partir das 15h, no palco montado na Rua São Geraldo, S/N, ao lado da sede do Caranguejo Uçá. Entre as atrações estão Talis Ribeiro e Ceará, Estado Civil, N Zambi, Reggae Por Nós, Zé Brow, Luiz Paixão, Dona Cila e Êxito de Rua. Também serão exibidos os trabalhos realizados por jovens da comunidade durante a semana nas oficinas de Fotografia e de Artesanato.
Além da programação musical e teatral, o Brechó também traz um festival gastronômico que estimula a economia da Ilha e valoriza a culinária local com a venda de pratos feitos à base de camarão, sururu, mariscos e pescados.

Homenageado – José Alves da Silva era conhecido na comunidade como Zé Porquinho, um símbolo de resistência cultural. Além de pescador, pedreiro e eletricista, ficou famoso na Ilha de Deus como cantador de coco. Seus versos embalavam os devotos de São Pedro, em dia de procissão por hora da festa do santo, nos meses de junho. Rei do improviso, Zé Porquinho não deixou suas letras escritas. Na memória do povo permanecem o ritmo e a alegria de suas canções. Faleceu em setembro de 2006 aos 63 anos.

Fotografia - Usada como um recurso de inclusão, a fotografia fortalece o núcleo de comunicação e possibilita um registro da comunidade através dos olhos de quem nela vive. A oficina “Descondicionando o olhar” ministrada por Mateus Sá pretende estimular outra forma de “ver” e sensibilizar o olhar crítico.

Zé Porquinho

A Ilha de Deus é cheia de personalidades. Pessoas que tem um recado a dar, uma história pra contar, mesmo que seja de pescador. Uma delas foi José Alves da Silva, o homegeado dessa edição do Brechó. Nascido em 14 de março de 1943, Zé Porquinho, como ficou conhecido na comunidade, era um homem bem humorado. Pai de doze filhos, ele ganhava a vida como pescador. Ganhava a vida não. Ele era um profissional da pesca. Dona Nicinha, a patroa, hoje já perdeu as contas de quantas histórias de pescador ouviu o falecido marido contar. A jovem senhora, de 67 anos e sorriso fácil, lembra-se de uma apenas. “Essa eu lembro por que é verdade. Ninguém me contou. Eu mesma vi. Meu marido pegou um tubarão. Trouxe aqui pra casa e pendurou no terraço. Dava pra ver que era muito maior do que eu. E bota maior nisso”. Conta dona Nicinha, que os vizinhos não acreditavam que Zé Porquinho havia mesmo pescado aquele tubarão. “Todos faziam graça. Perguntavam: “Ei, Zé porquinho cade o peixe que o navio te deu?”.

Homem forte e cheio de disposição, Zé Porquinho levantou as paredes da sede do Caranguejo Uçá, que, inicialmente, foi construída para ser a casa do Pescador, onde funcionaria um frigorífico para conservar o pescado. Valdinéia Alves, de 29 anos, conhecida como Neinha, é uma das filhas desse famoso Zé. Ela lembra com carinho das vezes em que via o pai apelidando os amigos e vizinhos. Paturi e Tartaruga Touché são só dois nomes de uma lista de dezenas usados por Zé Porquinho para fazer graça com os amigos. Também conhecido por tomar as dores dos outros, ele ficava aborrecido quando via alguém bater numa criança ou machucando um animal. Entre suas habilidades também estava a de eletricista. Era ele quem dava jeito na fiação da casa quando aparecia algum problema. “Até o aparelho de som ele desmontava. Ele não sabia ler, mas sabia de tudo um pouco”, relembra Dona Nicinha.

Além de pescador, pedreiro, e eletricista, Zé porquinho ficou famoso na Ilha de Deus como cantador de coco. Seus versos embalavam os devotos de São Pedro, em dia de procissão por hora da festa do santo, nos meses de junho. Rei do improviso, Zé Porquinho não deixou suas letras escritas. Só o ritmo e alegria de suas canções permanecem na memória do povo, firmes como as paredes das construções que ajudou a erguer.

28 novembro 2008

PROGRAMAÇÃO DO V BRECHÓ CULTURAL

Dia 05 de dezembro de 2008 (sexta-feira)
Local: Praça da Vila da Imbiribeira

Apresentação de grupos de Teatro de Rua

18h00minh Teatro de Boneco – Grupo Pé-no-chão
19h00minh Loucos e oprimidos da Maciel
20h00minh Ifa-rha-dhá de Artes Negras

Dia 06 de dezembro de 2008 (sábado)
Local: Ilha de Deus

Mostra Fotográfica permanente na comunidade da Ilha de Deus
Mostra permanente de Vídeo (intervalos dos shows)
Feira de iguarias da culinária local.

15h00min Grupo Evangélico (Coral e/ou Banda)
15h30min Grupo de Dança
16h00min Grupo de Percussão Nação da Ilha
16h40min Pastoril da Ilha de Deus
17h10min Regis e Banda
17h50min Talis Ribeiro e Ceará
18h40min Ticuqueiro
19h30min Estado Civil
20h20min N Zambi
21h10min Reggae Por Nós
22h00min Ivano e Banda
22h50min Zé Bronw
23h40min Os Maletas
00h30min Marcelo Santana
01h10min Luiz Paixão
01h50min Dona Sila
02h50min Êxito de Rua