Maurício Ferry | |
SECRETARIA anunciou medidas para atenuar problema | |
(DIEGO MENDES) | |
Além da falta de peixe, os pescadores dizem que enfrentam problemas de saúde por causa da água poluída. Segundo o presidente da Associação dos Pescadores da Ilha do Jatobá, Manuel Vicente. “Eu mesmo estou doente. Fiquei assim depois que mergulhei no rio Timbó (em Abreu e Lima). Se não bastasse ficar sem trabalhar, temos que conviver com os riscos de entrar em contato com a água poluída. Estamos sem condições de tirar nosso sustento”, desabafou. De acordo com esse morador, a Compesa é a principal fonte de poluição do local. “Há 11 anos ela despeja grande quantidade de esgoto no rio. Mas, também, existem fábricas e indústrias fazendo crescer essa destruição”, explicou.
Para driblar o problema, o grupo apresentou diversas reivindicações, entre elas a despoluição e desassoreamento dos rios, fiscalização permanente das empresas e indústrias e inserção das famílias de pescadores nos projetos ambientais. “Queremos que a população possa fiscalizar as obras e os recursos públicos destinados a elas. Precisamos saber para onde toda a verba está sendo aplicada, isso porque sabemos que existe recurso, mas, na maioria das vezes, ele é mal empregado pelas autoridades competentes”, disse Bartolomeu José de Souza, morador da Ilha do Maruim, em Olinda.
Para tentar solucionar o problema, a consultora da Secretaria de Recursos Hídricos de Pernambuco, Margareth Alheiros, sugeriu algumas medidas. “A curto prazo vamos desobstruir alguns pontos do Rio Beberibe e fazer o tratamento das galerias entre a BR-101 e o estuário do rio, isso levando em conta o Beberibe. Já com relação ao Rio Timbó, pretendemos viabilizar recursos para a Compesa agilizar a Estação de Tratamento de Esgoto do Janga (ETE). A longo prazo, vamos captar recursos para fazer o tratamento de esgoto de vários municípios da Região Metropolitana do Recife, reduzindo, assim, a carga de poluição”, explicou.
Fonte: FOLHA DE PERNAMBUCO Grande Recife ( 18/07/2008)
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