28 julho 2017

Programa Ciranda de Mulheres - Mulheres Negras




"Quando nos levantamos contra o racismo, não queremos ser incluídas em uma sociedade racista. Quando dizemos não à pobreza, não queremos ser contidas em uma sociedade capitalista que valoriza mais lucros do que vidas humanas. Se queremos eliminar a violência individual, endêmica, precisamos eliminar a violência institucional. Esse é um chamado para a abolição do encarceramento." Angela Davis (Dia Internacional da Mulher Negra Latina e Caribenha)


As Mulheres Negras tem exercido seu papel na luta e combate ao racismo e sexismo, nas suas expressões e embates travados em seus cotidianos, pela resistência e enfrentamento às opressões que permeiam sua existência.  Desde a gestação, pela ausência de políticas públicas de saúde que atuem de forma acolhedora e justa, ausência esta, que se amplia nos diversos espaços, a exemplo da escola que tem promovido e perpetuado a desigualdade, o racismo e sexismo, servindo de suporte a esta sociedade patriarcal e escravocrata, ou ainda no direito à cidade de forma desigual.

O Programa Ciranda de Mulheres conversou com Rosimere Nery (FASE), Verônica Santos (Rede das Mulheres Negras) e Gilmara Santana (integrante de Coletivos da Juventude/FASE). Em suas falas a reafirmação da necessidade da organização e formação política das mulheres negras, uma vez que o sistema não atua de forma estruturadora, por desconsiderar o racismo como realidade no planejamento e aplicação das políticas públicas.

"Ser jovem negra no Brasil é você ser alvo sempre da polícia, é estar saindo de casa, pensando que pode não voltar pra casa, porque o estereótipo negro é sempre marginalizado. Nós jovens, negras, mulheres, estamos o tempo todo construindo esse país, seja politicamente, socialmente, sempre estivemos na história do país, e é negado esse direito de existir pelo bem viver, que é uma luta de todas nós. Ser jovem negra é uma luta pela existência!" 




As convidadas apresentaram a agenda do "Julho das Pretas", conjunto de ações (Oficinas, Debates Públicos, Grupo de Cidadania Feminina e o lançamento da Rede de Mulheres Negras da Zona da Mata) que visa refletir o papel da Mulher Negra na sociedade. As Redes de Mulheres Negras realizam reuniões sistemáticas, grupos de estudos com mulheres comuns. São espaços que a gente pode se fortalecer e fortalecer as nossas irmãs, afirma Verônica. Entre as atividades e agendas do movimento de Mulheres Negras, é importante registrar a realização da Audiência Pública "Violência contra às Mulheres Negras em Pernambuco", a realizar-se  no dia 03 de Agosto de 2017, na Assembléia Legislativa de Pernambuco.

















Caranguejo Uçá é Arte & Solidariedade! 

A Ciranda de Mulheres é Resistência!









Nenhum comentário: