06 dezembro 2008

Mutirão artístico é promovido

Por Daniel Leal


“Queremos reinventar, dar uma nova roupagem não só as músicas, mas a atitude das pessoas. Transformar os conceitos e integrar a consciência ecológica ao dia-a-dia das pessoas”. É com esse pensamento que um dos integrantes da Ação Comunitária Caranguejo Uçá, Edson Fly, juntamente com os demais integrantes do projeto e dos moradores da comunidade da Ilha de Deus, na Imbiribeira, Recife, promoveram ontem, um mutirão de grafitagem na localidade, colorindo um pouco mais as ruas e vielas do local. As atividades, inclusive, também terão prosseguimento, por todo o dia de hoje, quando será promovido um brechó - com feira de iguarias da comunidade local - petiscos marinhos, artesanato, mostra fotográfica e de vídeo, além de teatro e shows culturais.


Muitos jovens e adultos da Ilha passaram a aderir à grafitagem - até mesmo - como meio de vida. Galo Souza, 30 anos, é um exemplo para os jovens, já que deixou a pixação para se dedicar à arte. “Antes eu pixava, passei uns dez anos assim. Não era bom porque a gente tinha que ficar escondido e discriminado. No grafite você pode dialogar sua arte, mandar sua mensagem e ter reconhecimento”, falou Galo.


Para Fly, essas atividades também ajudam a dismistificar atitudes que, para ele, são artísticas. “Grafitar é a leitura do desejo de aprender e não apenas do vandalismo, como muitos interpretam. A idéia é fazer com que toda a comunidade se integre e participe”, diz.

05 dezembro 2008

Artesanato, grafite e música resgatam a cultura do mangue na Ilha de Deus

A Ação Comunitária Caranguejo Uçá promove na comunidade da Ilha de Deus o V Brechó Cultural que acontece nesse fim de semana. Hoje a partir das 14h haverá um mutirão de grafite que irá colorir as ruas da comunidade. À noite é a vez das apresentações teatrais. Trata-se de uma intervenção para valorizar as raízes da cultura do mangue que esse ano traz o tema “Comunidade do Mangue Apresenta-se”. O Brechó terá shows, festival de iguarias do mar, fotografias, vídeos, teatro de rua e artesanato. “Queremos reinventar, dar uma nova roupagem não só às músicas, mas à atitude das pessoas. Transformar os conceitos e integrar a consciência ecológica ao dia a dia das pessoas”, explica um dos produtores Edson Fly. Nessa edição o evento presta uma homenagem à memória de José Alves da Silva, cantador de cocos, e comemora o 13º aniversário do Documento Nordeste, parceiro do Caranguejo Uçá.

Os shows acontecem amanhã, dia 6, a partir das 15h, no palco montado na Rua São Geraldo, S/N, ao lado da sede do Caranguejo Uçá. Entre as atrações estão Talis Ribeiro e Ceará, Estado Civil, N Zambi, Reggae Por Nós, Zé Brow, Luiz Paixão, Dona Cila e Êxito de Rua. Também serão exibidos os trabalhos realizados por jovens da comunidade durante a semana nas oficinas de Fotografia e de Artesanato.
Além da programação musical e teatral, o Brechó também traz um festival gastronômico que estimula a economia da Ilha e valoriza a culinária local com a venda de pratos feitos à base de camarão, sururu, mariscos e pescados.

Homenageado – José Alves da Silva era conhecido na comunidade como Zé Porquinho, um símbolo de resistência cultural. Além de pescador, pedreiro e eletricista, ficou famoso na Ilha de Deus como cantador de coco. Seus versos embalavam os devotos de São Pedro, em dia de procissão por hora da festa do santo, nos meses de junho. Rei do improviso, Zé Porquinho não deixou suas letras escritas. Na memória do povo permanecem o ritmo e a alegria de suas canções. Faleceu em setembro de 2006 aos 63 anos.

Fotografia - Usada como um recurso de inclusão, a fotografia fortalece o núcleo de comunicação e possibilita um registro da comunidade através dos olhos de quem nela vive. A oficina “Descondicionando o olhar” ministrada por Mateus Sá pretende estimular outra forma de “ver” e sensibilizar o olhar crítico.

Zé Porquinho

A Ilha de Deus é cheia de personalidades. Pessoas que tem um recado a dar, uma história pra contar, mesmo que seja de pescador. Uma delas foi José Alves da Silva, o homegeado dessa edição do Brechó. Nascido em 14 de março de 1943, Zé Porquinho, como ficou conhecido na comunidade, era um homem bem humorado. Pai de doze filhos, ele ganhava a vida como pescador. Ganhava a vida não. Ele era um profissional da pesca. Dona Nicinha, a patroa, hoje já perdeu as contas de quantas histórias de pescador ouviu o falecido marido contar. A jovem senhora, de 67 anos e sorriso fácil, lembra-se de uma apenas. “Essa eu lembro por que é verdade. Ninguém me contou. Eu mesma vi. Meu marido pegou um tubarão. Trouxe aqui pra casa e pendurou no terraço. Dava pra ver que era muito maior do que eu. E bota maior nisso”. Conta dona Nicinha, que os vizinhos não acreditavam que Zé Porquinho havia mesmo pescado aquele tubarão. “Todos faziam graça. Perguntavam: “Ei, Zé porquinho cade o peixe que o navio te deu?”.

Homem forte e cheio de disposição, Zé Porquinho levantou as paredes da sede do Caranguejo Uçá, que, inicialmente, foi construída para ser a casa do Pescador, onde funcionaria um frigorífico para conservar o pescado. Valdinéia Alves, de 29 anos, conhecida como Neinha, é uma das filhas desse famoso Zé. Ela lembra com carinho das vezes em que via o pai apelidando os amigos e vizinhos. Paturi e Tartaruga Touché são só dois nomes de uma lista de dezenas usados por Zé Porquinho para fazer graça com os amigos. Também conhecido por tomar as dores dos outros, ele ficava aborrecido quando via alguém bater numa criança ou machucando um animal. Entre suas habilidades também estava a de eletricista. Era ele quem dava jeito na fiação da casa quando aparecia algum problema. “Até o aparelho de som ele desmontava. Ele não sabia ler, mas sabia de tudo um pouco”, relembra Dona Nicinha.

Além de pescador, pedreiro, e eletricista, Zé porquinho ficou famoso na Ilha de Deus como cantador de coco. Seus versos embalavam os devotos de São Pedro, em dia de procissão por hora da festa do santo, nos meses de junho. Rei do improviso, Zé Porquinho não deixou suas letras escritas. Só o ritmo e alegria de suas canções permanecem na memória do povo, firmes como as paredes das construções que ajudou a erguer.

28 novembro 2008

PROGRAMAÇÃO DO V BRECHÓ CULTURAL

Dia 05 de dezembro de 2008 (sexta-feira)
Local: Praça da Vila da Imbiribeira

Apresentação de grupos de Teatro de Rua

18h00minh Teatro de Boneco – Grupo Pé-no-chão
19h00minh Loucos e oprimidos da Maciel
20h00minh Ifa-rha-dhá de Artes Negras

Dia 06 de dezembro de 2008 (sábado)
Local: Ilha de Deus

Mostra Fotográfica permanente na comunidade da Ilha de Deus
Mostra permanente de Vídeo (intervalos dos shows)
Feira de iguarias da culinária local.

15h00min Grupo Evangélico (Coral e/ou Banda)
15h30min Grupo de Dança
16h00min Grupo de Percussão Nação da Ilha
16h40min Pastoril da Ilha de Deus
17h10min Regis e Banda
17h50min Talis Ribeiro e Ceará
18h40min Ticuqueiro
19h30min Estado Civil
20h20min N Zambi
21h10min Reggae Por Nós
22h00min Ivano e Banda
22h50min Zé Bronw
23h40min Os Maletas
00h30min Marcelo Santana
01h10min Luiz Paixão
01h50min Dona Sila
02h50min Êxito de Rua

27 outubro 2008

Terça no Mangue recebe Professores e Alunos da Escola Pedro Augusto!


Na perspectiva de tecer novos horizontes professores da Escola Pedro Augusto fazem em parceria com o Caranguejo Uçá aula prática sobre o Meio Ambiente - diversidade, importância da preservação, luta contra formas predatórias de coleta do caranguejo, assim como o respeito as diversas espécies deste habitat, inclusive do homem, além de proporcionar uma reflexão a cerca da origem dos focos de poluição, que invadem e transformam a paisagem e as vidas dos mangues do Recife.







Apresentação do Coral em Canto da UNICAP!


A música em suas diversas formas encanta, integra e trasnforma.
Importante registrar a contribuição do maestro Givanildo, parceiro atuante do Caranguejo Uçá e propagador da importância relevante da música e dos diversos coros existentes no Recife, que na Ilha de Deus vem plantando semente e oportunizando a percepção de talentos da comunidade.





 


Pela vida...Pelo tempo!







Filme do Conselho Federal de Medicina e Conselho Regional de Medicina, produzido pela Cabra Quente Filmes, a partir dos dados levantados pela Caravana do CREMEPE nos 187 municípios do Estado de Pernambuco, com a proposta de denúnciar a ausência de políticas públicas e a miserabilidade da sociedade Pernambucana em pleno século XXI.
Dentre as diversas localidades e diversidades culturais escolhidas, a Ilha de Deus destaca-se pela contribuição de forma transformadora na sua dinâmica cotidiana, mesmo diante da ausência e da irresponsabilidade política, fomentadora das mazelas sociais e afirmadora das relações verticais, que persistem e subjulgam a criatividade e a dignidadade humana.

Holandeses invasores ou reveladores de uma resistência cultural?

Gravação do filme produzido pela Holandesa - Sra. Vandelien, que nos traz uma reflexão a cerca das intervenções dos Holandeses, aspectos de reistência cultural, em paralelo as figuras e movimentos de resistência do atual contexto histórico.
Em específico na Ilha de Deus a luta do Movimento Caranguejo Uçá vem refletir um paralelo com Mauricio de Nassau na resistência e na necessidade/consciência em fazer/construir uma história, onde a ética e a dignidade são o alicerce fundamental para o diferencial.
A Ilha de Deus ainda preserva fragmentos culturais de um Brasil de pelo menos 400 anos atrás, tanto pelo ambiente, como pela resistência, que busca ampliar a consciência do que de fato é liberdade.




23 setembro 2008

Ilha de Deus pensa grande!



Moradores da comunidade situada na Zona Sul do Recife contam com atividades de educação e cultura promovidas pelo Coletivo Caranguejo Uçá para fazer a diferença
Michelle de Assumpção // Diario
michelle.assumpção@diariodepernambuco.com.br

A pesca do marisco, sururu e camarões de cativeiro é hoje a atividade comercial mais importante para os moradores da Ilha de Deus, comunidade cercada pelos manguezais, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. Marcelo Santos, 20 anos, tira dessa atividade o sustento da família. Tão novo, já tem duas filhas, uma com dois anos, outra de oito meses. Ele também faz bicos limpando pés de coco, mas o seu negócio mesmo é pescar na maré. A banda percussiva Nação da Ilha é uma diversão e um sonho. "Se tocar com fé, vai prá frente", diz ele. O amigo de tocadas Diego Lima de Santana, 16 anos, também acredita na força do grupo. "Eu espero que cresça, que apareça negócio para nós, estamos aqui para mostrar o que a gente sabe fazer", diz ele. No dia que a reportagem visitou a Ilha de Deus para conhecer as diversas atividades realizadas pelo centro de educação e cultura Caranguejo Uça, o grupo percussivo Nação da Ilha promoveu um arrastão paraauxiliar na produção das fotos que ilustram esta matéria.

O batuque é muito bom; mistura maracatu com variados ritmos percussivos. Os meninos tocam com alegria, o prazer é visível e a vontade de aparecer também. Na última reportagem da série sobre exemplos da utilização da arte com ideais de auto-sustentabilidade e coletivismo, a função do Caranguejo Uça, na Ilha de Deus, impressiona pela força que tem de mexer com uma comunidade inteira. Não há como ficar imune à atuação deste coletivo. Mesmo porque, durante todo o dia, caixinhas de som espalhadas pelos postes das ruazinhas da Ilha, transmitem a programação da Rádio Boca da Ilha, cujo estúdio funciona na casa sede do Caranguejo Uçá.

Toda grafitada, o espaço guarda parte da cultura imaterial da Ilha. E material também: alfaias e uma boa quantidade de instrumentos percussivos, muitos livros, e computadores. Além dos equipamentos da Rádio Boca da Ilha. Sua invenção não foi aleatória ou montada por um grupo isolado. O Caranguejo Uçá é fruto natural do interesse da população da Ilha pelas manifestações populares. Introduzidas por gente antiga, como Zé Porquinho, que trouxe o coco de Olinda; Seu Amaro Marcolino, que fazia um brinquedo chamado Burra Calu; Dona Albertina, entre outros. "O Caranguejo é sem dúvidas resultado da ausência de iniciativas políticas, mas que não nos levaram à marginalidade. Essa forma de manifestação podia ser com armas, mas as famílias daqui escolheram a arte, do teatro, da música, da costura, da própria arte de tear as redes de pesca", diz o ativista cultural da Ilha de Deus, Edson Fly.

Militante cultural, batalhador dos interesses da comunidade, Edson não trabalha sozinho, mas encerra em sua figura toda força de articulação que o Caranguejo Uçá tem dentro, e fora, da Ilha de Deus. Edson frisa que o grupo não é o único que faz a diferença na comunidade. Tem a escola municipal Capela Santo Antônio, a igreja evangélica, a escola comunitária, a associação dos donos de camarão, além das domésticas marisqueiras. É com essa visão macro que eledefende sua posição.

"Moro aqui desde os seis meses. Isso não é motivo de orgulho, o que acontece aqui hoje devíamos ver em toda esquina, não me sinto 'o cara', a referência, mas sei que estou dando a minha contribuição", diz o colaborador. É também ele quem freqüenta as reuniões da Rede de Resistência Solidária (retratada na reportagem que abriu esta série) e discute ações que serão tomadas de forma coletiva por todos os envolvidos. "Dialogamos com sessenta comunidades do Recife", conta Edson.

Na casa que um dia foi dos pescadores, Edson é o responsável pelas atividades diárias do Caranguejo Uçá. Alimenta o blog, realiza seu programa de rádio poste, intitulado Ainda estamos pensando, e faz planejamentos para os demais núcleos do grupo: TV Mocambo (um telão que exibe filmes e documentários todo sábado), brechó cultural (que reúne todas as expressões e produtos feitos dentro da Ilha) e ações de meio ambiente (que denunciam pesca predatória e envolvem grupos de pesquisadores de universidades interessados na diversidade de espécies encontradas na Ilha).

"Esse movimento é iniciativa de diversas pessoas que se cansaram de ser alvos de críticas. O Caranguejo surgiu dessa indignação, com som, com rádio, com oficinas de teatro, com oficinas de leitura e fabricação de instrumentos", conta Fly. Como programador da rádio Boca da Ilha, Edson trata de passar para todos os moradores o que acontece dentro do núcleo, sempre em ebulição. "A gente incentiva a não usar drogas, a tocar, ler e estudar", diz ele. A rádio também não toca brega comercial, que segundo Fly verbaliza formas degradantes da mulher e do homem. Apesar de tantas atividades, ele não está satisfeito. Quer ver seus parceiros nas universidades públicas. "Nosso esforço tem que ser maior, mas nada é impossível. Não adianta ter habilidade para usar computador, tocar bem, se não tiver o canudo. É assim que vamos fazer a diferença", alerta.

Há um ano da Barqueata e os rios continuam sem políticas direcionadas!

08 setembro 2008

SPA 2008 - Arte nas Ruinas do Centro!





Centro Social Urbano da Imbiribeira
Av. Manoel Serafim Couto, Imbiribeira


Artista Articulador: Fly trabalha na área das artes cênicas e da música. Ativista da cultura e da arte, integra a rede de resistência comunitária da comunidade Ilha de Deus. Faz parte do grupo TRILHA (teatro de rua da Ilha) e é membro do movimento Caranguejo Uçá.


Artistas Convidados: Josafá (Irmão), Magno, Boony, Manoel Nunes (Nuninho) e Caranguejo Uçá.

03 setembro 2008

MARTÍRIO NA SAÚDE

CREMEPE NO AR
O martírio na saúde é encenado pelo Trilha

saúde pública pernambucana permanece um caos. Os hospitais continuam sem leitos e as emergências lotadas. Um quadro de total abandono ao cidadão onde só lhe resta a própria sorte.

Diante dessa realidade o grupo Teatro de Rua da Ilha - Trilha, em parceria com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco, montou o espetáculo Martírio na Saúde, que retrata o sofrimento dos usuários do sistema único de saúde.

E o Cremepe no Ar desta terça-feira (02.09) recebe o Trilha, com os seus seis integrantes, coordenado pelo ator Edson Fly, e o diretor de imprensa do Sindicato, Assuero Gomes. Eles vão falar dessa parceria e das apresentações do grupo pelas ruas do Recife. O espetáculo completo também será apresentado durante o programa.

O Trilha é mais uma iniciativa do Movimento Caranguejo Uçá, da Ilha de Deus, na Imbiribeira. O blog do Trilha é o
www.caranguejouca-ilhadedeus.blogspot.com

O Cremepe no Ar é toda terça-feira às 19h, com reprise aos sábados às 11h30, na TV Universitária, canal 11. O programa também pode ser visto, nos mesmos dias e horários, através do site da TVU – www.tvu.ufpe.br.

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.

CLIPPING - JORNAL DO COMMERCIO (02.09.2008)

Teatro de rua
O Cremepe no ar dá uma palhinha da peça Martírio na saúde, parceria do grupo Trilha com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). A idéia do espetáculo é esclarecer à população, por meio do teatro de rua, sobre a real situação do sistema público de saúde do Estado. Às 19h, na TV Universitária.

http://portal.cremepe.org.br/publicacoes_noticias_ler.php?cd_noticia=2495


20 agosto 2008

TRILHA EM AÇÃO!

MARTÍRIO NA SAÚDE
Teatro de rua retrata sofrimento da população
Diante do quadro atual da política da saúde no estado de Pernambuco, o Grupo Trilha, em parceria com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco, montou o espetáculo Martírio na Saúde. As apresentações serão realizadas nesta quarta-feira (20.08) e na segunda-feira (25.08) em oito lugares públicos do Grande Recife, sempre a partir das 8h. (Veja programação abaixo).
O objetivo do trabalho é esclarecer à população - através do teatro de rua - sobre a real situação do sistema público de saúde estadual. “Nós vamos retratar a realidade dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que penam – do sertão à capital – para conseguir atendimento e tratamento”, explica o diretor e ator da peça, Edson Fly.
GRUPO TRILHA Criado pelo Movimento Caranguejo Uçá, da Ilha de Deus, o Trilha (Teatro de Rua da Ilha) procura promover, através da arte, uma reflexão e o reconhecimento de cada um enquanto ser importante dentro de um processo de construção de um espaço mais equilibrado e plural. Fazem parte do grupo os atores Edson Fly, Esmeraldo Lima, Valdemir dos Santos, Eliane, Manoel Nunes, Eliton Moraes Sacramento e Edson Lima.
PROJETO: Martírio na Saúde

DATA: 20 de agosto de 2008
LOCAIS DE APRESENTAÇÃO:
Largo da Paz, Afogados - 8h
Estação Joana Bezerra, Coque - 9h30
Estação Central do Recife, Santo Antônio, 11h
Estação do Barro, Barro, 12h30
DATA: 25 de agosto de 2008
LOCAIS DE APRESENTAÇÃO:
Terminal do Cais de Santa Rita – 8h
Praça do Diário – 9h30
Praça 13 de Maio – 11h
Praça do Derby – 12h30
Contato:
Edson Fly – Grupo Trilha
(81) 8778-5692
Das Assessorias de Imprensa e Comunicação do Simepe & Cremepe.
(81) 3316-2400 / 2123-5756

29 julho 2008

Onde pisa uma mulher há sentimento

Onde pisam duas mulheres há determinação

Onde pisam três mulheres a organização cresce

Mas quando mais mulheres se juntam e pisam a terra firme

Germina a esperança

Já é possível planejar a colheita da safra

De um mundo novo

Sandor Sanches

27 julho 2008

Controle social

É a participação da sociedade no acompanhamento das ações e políticas públicas realizadas pelos governos. Esse acompanhamento permite avaliar o cumprimento dos objetivos e os resultados alcançados. O controle social significa também a fiscalização dos gastos públicos, a fim de evitar o desvio de verbas.

Função social da terra!

De acordo com a Constituição Federal a função social é cumprida quando atende aos seguintes requisitos: a) aproveitamento racional e adequado; b) utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; c) exploração que favoreça o bem estar dos proprietários e dos trabalhadores e trabalhadoras. Ou seja, a terra deve estar produzindo, esta produção deve respeitar a preservação ambiental, e as relações entre empregador-empregado devem respeitar a legislação trabalhista.

18 julho 2008

Viva São Pedro! Fé renovada todos os anos.



Os pescadores da ilha de Deus comemora desde 1980 o dia dos pescadores que tem como santo protetor São Pedro. A tradição envolve todos os moradores da comunidade da ilha de Deus uma vez que esta é constituída essencialmente por pescadores.
A procissão acontece todos os anos no dia 29 de junho. A concentração se dá na residência da senhora Eunice, a partir das 09:00h.

Pescadores: Compesa polui rios

Maurício Ferry


SECRETARIA anunciou medidas para atenuar problema
(DIEGO MENDES)
Preocupados com a falta de peixes provocada pela poluição nos rios da RMR, membros do Movimento dos Pescadores de Pernambuco (Mopepe) promoveram uma reunião, ontem, no auditório da Compesa, no Recife. No encontro, estavam presentes moradores de várias comunidades da RMR, que alegaram que grande parte do problema é provocado pela liberação de esgoto sem tratamento e dejetos industrias lançados nas águas fluviais.
Além da falta de peixe, os pescadores dizem que enfrentam problemas de saúde por causa da água poluída. Segundo o presidente da Associação dos Pescadores da Ilha do Jatobá, Manuel Vicente. “Eu mesmo estou doente. Fiquei assim depois que mergulhei no rio Timbó (em Abreu e Lima). Se não bastasse ficar sem trabalhar, temos que conviver com os riscos de entrar em contato com a água poluída. Estamos sem condições de tirar nosso sustento”, desabafou. De acordo com esse morador, a Compesa é a principal fonte de poluição do local. “Há 11 anos ela despeja grande quantidade de esgoto no rio. Mas, também, existem fábricas e indústrias fazendo crescer essa destruição”, explicou.
Para driblar o problema, o grupo apresentou diversas reivindicações, entre elas a despoluição e desassoreamento dos rios, fiscalização permanente das empresas e indústrias e inserção das famílias de pescadores nos projetos ambientais. “Queremos que a população possa fiscalizar as obras e os recursos públicos destinados a elas. Precisamos saber para onde toda a verba está sendo aplicada, isso porque sabemos que existe recurso, mas, na maioria das vezes, ele é mal empregado pelas autoridades competentes”, disse Bartolomeu José de Souza, morador da Ilha do Maruim, em Olinda.
Para tentar solucionar o problema, a consultora da Secretaria de Recursos Hídricos de Pernambuco, Margareth Alheiros, sugeriu algumas medidas. “A curto prazo vamos desobstruir alguns pontos do Rio Beberibe e fazer o tratamento das galerias entre a BR-101 e o estuário do rio, isso levando em conta o Beberibe. Já com relação ao Rio Timbó, pretendemos viabilizar recursos para a Compesa agilizar a Estação de Tratamento de Esgoto do Janga (ETE). A longo prazo, vamos captar recursos para fazer o tratamento de esgoto de vários municípios da Região Metropolitana do Recife, reduzindo, assim, a carga de poluição”, explicou.


Fonte: FOLHA DE PERNAMBUCO Grande Recife ( 18/07/2008)

10 julho 2008

MOVIMENTO DOS PESCADORES, UM MISTO DE INDIGNAÇÃO E RESISTÊNCIA!









O processo que originou a Barquiata se deu após 5 messes de observação e de acompanhamento/monitoramento feito por Pescadores da Ilha de Deus durante o ano 2007, tendo em vista a poluição química e sólida e o assoreamento dos rios e canais, a cerca e as margens dos rios que correm e compõem a vida na cidade do Recife. Esta observação ocorreu sempre mesclada pelo medo de que se repetisse o quadro registrado há mais de 25 anos atrás, precisamente 1983, quando toda vida ambiental dos rios, mangues e famílias de pescadores do Estado de Pernambuco sofreram impactos irreversíveis até hoje, de modo que muitas das espécies simplesmente sumiram do cardápio da exótica culinária, interferindo na identidade e na degustação de quem vivência, aprecia e sobrevive das iguarias do litoral da Capital Pernambucana.
Esse sentimento evidenciou-se durante todo o processo de organização da barquiata, nos momentos de troca com pescadores das diversas comunidades ribeirinhas que compõem a cidade do Recife e foi reafirmado pela inserção de outras comunidades que se identificaram no sofrimento e na resistência e aderiram a esta reivindicação que resultou na intervenção denominada Barquiata, no dia 20 de agosto de 2007 e conseqüentemente, no decorrer da peleja, criou-se o MOPEPE – Movimento dos Pescadores do Estado de Pernambuco.
A partir da Barquiata abriu-se um campo de discussão com o atual Governo do estado de Pernambuco, na ocasião representado pela Secretaria de Recursos hídricos, que ficou na incumbência de agregar outras secretarias e providenciar a resolução das dificuldades apresentadas. Na seqüência foram convocadas e apresentaram-se a Secretaria da Juventude Emprego e Renda, a COMPESA, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, o IPA, a SEAP e, na esfera municipal a EMLURB, e ainda o Instituto Oceanário por ser referência de estudos e pesquisas no estado.
Da mesma forma, em paralelo a este momento, o movimento dos pescadores buscou se fortalecer ainda mais, através de encontros e visitas nas respectivas comunidades de pescadores, assim como na identificação das entidades e representações legais dos profissionais da pesca e do desempenho do seu papel como representante. Dentre essas representações foi possível constatar que a grande maioria compromete e inviabiliza a organização e a supremacia, quando subestimam a inteligência e põe em risco a integridade física e moral dos pescadores, bem como do ambiente necessário e fundamental a sua existência.
Por outro lado essas visitas proporcionam reflexões e idéias inovadoras no anglo da continuidade das discussões e da elevação da auto estima, estimulando a criatividade pela certeza de que este movimento foi pensado e acontece pela determinação, insistência e resistência dos que anseiam mudança e prosperidade, com sua própria capacidade e potencial, os próprios pescadores. Como também propicia a oportunidade de conhecer representações comprometidas e dignas a integrar este universo.
Mesmo acompanhando ou tendo noticias da movimentação a respeito das intenções da discussão que propôs a eco 92, é possível perceber que após esta discussão foram criadas diversas instituições governamentais e não governamentais a ponto de se instituir anos depois o Ministério do Meio Ambiente e a SEAP – Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca a nível federal, na intenção da proteção ao equilíbrio do meio ambiente e do reconhecimento dos profissionais da pesca, entretanto, o descaso no nosso estado é visível e alarmante.
Essa condição nos leva a concordar com o atual ministro do meio ambiente, Sr. Carlos Minc, quando afirmou publicamente que a discussão ambiental em Pernambuco sempre foi tratada de forma irresponsável e caótica e, discordar do Senador Jarbas Vasconcelos que desesperadamente tentou defender a imagem política e ambiental de Pernambuco. Em sua fala o mesmo tentou subestimar a inteligência e o censo critico da sociedade pernambucana, acreditando ele que os esgotos do Palácio do Campo das Princesas, da sede da Prefeitura da Cidade do Recife e tantas outras instituições públicas, nas quais já foi representante, assim como de toda a cidade do Recife, que desembocam sem tratamento nos exuberantes e fundamentais rios e conseqüentemente nos mangues, maternidade natural de 60% de todas as espécies marinhas, não causam indignação a toda a sociedade.
Como se não bastasse a problemática até então apresentada, temos que nos deparar com a improbabilidade ética das ações promovidas por instituições representativas da pesca, que confundem, manipulam e ludibriam a classe que representam, no caso, os simples e honestos pescadores, bem como toda a sociedade, pelos seus próprios interesses pessoais e comerciais mercantilistas. Essa improbabilidade ética ficou registra durante a reunião do CONAPE - Conselho Nacional de Pesca - com a informação de que uma área de 160 hectares localizada a cerca de 25 km da praia de Boa Viagem em Recife-PE foi privatizada pela SEAP. Trata-se de uma área utilizada efetivamente pelos pescadores artesanais que ali desenvolvem diversas modalidades de pesca. Esta área é de interesse da Empresa AQUALIDER que prevê a implantação de 48 tanques para criação de peixe bejupirá com capacidade inicial de produzir 8 mil toneladas voltadas para o mercado internacional, local este que tornou-se proibido a navegação e a pesca pelos pescadores locais.
Por estas e outras razões é que se faz necessário o fortalecimento e a continuidade de movimentos que de fato priorizem a dignidade e a cidadania, não apenas de setores específicos, mas de toda a sociedade, uma vez que o meio ambiente é a própria condição de Ser Humano por natureza.
Movimento dos Pescadores do Estado de Pernambuco.
Edson Fly e Terezinha Filha (Ação Comunitária Caranguejo Uçá)

22 maio 2008

Debate “Música e Rádio”







Onde: Auditório da Livraria Cultura (ao lado do Paço Alfândega), Recife Antigo.
Quando: 29 de maio (quinta-feira), das 14h às 17h.
O quê: Encontro entre músicos e radialistas locais para discutir o papel do rádio hoje na divulgação da música; quais as rádios que divulgam a nova música pernambucana; perfil dos ouvintes; a contribuição dos podcasts; rádios comunitárias e piratas, entre outras questões.
Quem: Felipe Trotta (UFPE), Renato L (Diário de Pernambuco), Roger de Renor (Sopa Diário), Roberto Souza (Universitária FM), Raob Napoleão (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária), Jarmeson de Lima (Coquetel Molotov).
Publico convidado: Músicos, fórum de música, sindicatos, imprensa, rádios, estudantes de Radialismo, produtores.
Informações: (81) 3232.1531

Tiago Glasner de Maia Chagas
Gerente de Serv. de Formação em Audio Visual
Fundação de Cultura Cidade do Recife - PREFEITURA DO RECIFE
Cais José Mariano, nº 228, SL 01
Boa Vista
Contato: (81) 3221-3374
(81) 8851-0998
(81) 9719-7676
Tiago Chagas <tiagoglasner@gmail.com>

16 maio 2008

V Brechó Cultural da Ilha de Deus!





O V Brechó Cultural da Ilha de Deus vem aprofundar discussão do resgate da identidade cultural do estado de pernambuco , com o tema " Comunidade do Mangue Apresenta-se".
Nessa ótica , o V Brécho Cultural da Ilha de Deus vem estabelecer uma união de forças rurais , morros e alagados diluindo o conceito de classe dominadora do conhecimento , através da construção de conceitos inovadores para o resgate da cidadania .

07 maio 2008

Abaixo-assinado pela aprovação da PEC do Trabalho Escravo


O Congresso Nacional tem a oportunidade de promover a Segunda Abolição da Escravidão no Brasil. Para isso, é necessário confiscar a terra dos que utilizam trabalho escravo. A expropriação das terras onde for flagrada mão-de-obra escrava é medida justa e necessária e um dos principais meios para eliminar a impunidade.
A Constituição do Brasil afirma que toda propriedade rural deve cumprir função social. Portanto, não pode ser utilizada como instrumento de opressão ou submissão de qualquer pessoa. Porém, o que se vê pelo país, principalmente nas regiões de fronteira agrícola, são casos de fazendeiros que, em suas terras, reduzem trabalhadores à condição de escravos - crime previsto no artigo 149 do Código Penal. Desde 1995, mais de 28 mil pessoas foram libertadas dessas condições pelo governo federal.
Privação de liberdade e usurpação da dignidade caracterizam a escravidão contemporânea. O escravagista é aquele que rouba a dignidade e a liberdade de pessoas. Escravidão é violação dos direitos humanos e deve ser tratada como tal. Se um proprietário de terra a utiliza como instrumento de opressão, deve perdê-la, sem direito a indenização.
Por isso, nós, abaixo-assinados, exigimos a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, que prevê o confisco de terras onde trabalho escravo foi encontrado e as destina à reforma agrária. A proposta passou pelo Senado Federal, em 2003, e foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados em 2004. Desde então, está parada, aguardando votação.
É hora de abolir de vez essa vergonha. Neste ano em que a Lei Áurea faz 120 anos, os senhores congressistas podem tornar-se parte da história, garantindo dignidade ao trabalhador brasileiro.
Pela aprovação imediata da PEC 438/2001!



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'Pois se nasce e renasce
Muitas vezes numa vida.'

(Zagaia, Da Rosa)


Tenho fases como a lua,
fases de viver escondida,
fases de ir pra rua...

05 maio 2008

Grandes representantes da luta por justiça!

Che Guevara

" Nós que, pelo império das circunstâncias, dirigimos
a revolução, não somos donos da verdade, menos ainda
de toda a sapiência do mundo. Temos que aprender todos
os dias. No dia em que deixarmos de aprender, que acreditarmos
saber tudo ou que tivermos perdido nossa capacidade de contato
ou de intercâmbio com o povo e com a juventude, será o dia em que
teremos deixado de ser revolucionários e, então, o melhor que
vocês poderiam fazer seria jogar-nos fora..."

Mandela

"Minha luta é por uma "sociedade democrática livre onde todas as pessoas de todas as raças vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais".

Nelson Mandela, líder político sul africano, nasceu em 1918 em Umtata, Tanskei.

Tornou-se líder do Congresso Nacional Africano e o maior oposicionista do "apartheid", fazendo campanhas por uma sociedade democrática mais livre e multirracial.

Foi detido em 1962, após uma greve, e condenado à prisão perpétua após um julgamento memorável em que ele próprio se defendeu.

Em 1990, foi libertado. Continuou participando de negociações para acabar com o "apartheid". na 1a. eleição multirracial, após 350 anos de dominação branca.

PRIVATIZAÇÃO DAS AGUAS DE BOA VIAGEM

CAROS

Gostaria de informa a todos o que esta acontecendo na costa pernambucana especificamente em boa viagem, e é inaceitável o que estão fazendo com essa lei de privatização das águas sugiro uma nova barqueata em nome dos pescadores artesanais do nosso estado.

MANIFESTO DOS PESCADORES E MOVIMENTOS SOCIAIS INDIGNADOS COM PRIVATIZAÇÃO DE 160 HECTATES NO MAR.

Pescadores artesanais e organizações sociais foram surpreendidos na reunião do CONAPE - Conselho Nacional de Pesca - com a informação de que uma área de 160 hectares localizada a cerca de 25 km da praia de Boa Viagem em Recife-PE foi privatizada pela SEAP. Trata-se de uma área utilizada efetivamente pelos pescadores artesanais que ali desenvolvem diversas modalidades de pesca. Esta área é de interesse da Empresa AQUALIDER que prevê a implantação de 48 tanques para criação de peixe beijupirá com capacidade inicial de produzir 8 mil toneladas voltadas para o mercado internacional.

Denunciamos esta armação organizada pela SEAP em conjunto com os empresários interessados em suprimir áreas utilizadas pela população, privatização das águas e impedir a participação dos trabalhadores, uma vez que:

Os editais para privatização foram realizados durante o período de carnaval, na calada da noite, como estratégia para dificultar o acompanhamento por parte da sociedade;

Não foram realizadas audiências públicas e nenhum tipo de consulta aos trabalhadores que efetivamente utilizam a área que foi privatizada;

Este tema de alta relevância nunca foi colocado em pauta no CONAPE para apreciação e debate dos conselheiros conotando o interesse de omitir as informações dos interessados.


A SEAP Abre-se, assim, um precedente perigoso para privatizar as áreas marinhas no litoral que historicamente são usadas pelas populações tradicionais pesqueiras. Revela desrespeito com as comunidades, impedindo a participação social. Por fim, revela o posicionamento da SEAP em defesa dos interesses do capital privado suprimindo direitos de uso de território das comunidades tradicionais.

Assim, exigimos a anulação deste processo e início de um diálogo com a sociedade organizada.

Pedimos que os grupos organizados da sociedade se manifestem contra esta grave violação aos direitos dos pescadores e divulguem este acontecimento junto às bases.

MONAPE – Movimento Nacional dos Pescadores

CNPA – Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores

ANP – Articulação Nacional das Mulheres Pescadoras

MPPA – Movimento dos Pescadores Profissionais Artesanais do RS

CPP – Conselho Pastoral dos Pescadores

MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens

MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra

MOPEPE - Movimentos dos Pescadores do Estado de PE


Comunicações podem ser enviadas para:


Presidente Luis Inácio Lula da Silva

Gabinete Pessoal do Presidente da República

Telefone (s): (61) 3411.1200; (61) 3411.1201; Fax: (61) 3411.2222

Ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca

Altemir Gregolin

Esplanada dos Ministérios Bloco D, CEP: 70043-900 Brasília - DF
Telefone: 0xx (61) 3218-3838/ Fax: 0xx (61) 3224-5049

E-mail: comunicacao@ seap.gov. br; pesca@seap.gov. br

Ministério Público Federal / Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão
SAF Sul, Quadra 4, Conjunto C, Brasília-DF, Cep:70050-900

Tel: 61-3031-5100 pfdc@pgr.mpf. gov.br

Trilha - Teatro de rua da Ilha!

Procura-se aqui promover, através da arte, uma reflexão e o reconhecimento de cada um enquanto um ser importante dentro de um processo de construção de um espaço mais equilibrado e plural.


Justificativa

A arte em sua prática pedagógica oferece subsídios para o indivíduo desenvolver a criatividade, a liberdade de expressão e de sentimentos, fortalecendo assim os conceitos de sua própria cultura, através do crescimento psicológico e artístico dos cidadãos e cidadãs.









Reflexão!!!!



Sempre me ponho a pensar na magnitude do ser humano...

Conseguimos ser tão grandes...e no minuto seguinte ser tão pequenos.

Às vezes animais irracionais, verdadeiros vermes... as vezes filósofos coerentes e comprometidos com a dignidade humana...

O que nos consola é saber que todos temos as mesmas capacidades e dificuldades... só precisamos contribuir para ampliar as possibilidades!

04 maio 2008

Como você se vê em ação num programa social com jovens?

A geração jovem de 68 vivenciou uma época onde o mercado não exigia maiores esforços no que diz respeito à competitividade, tornando assim o ambiente favorável às discussões a cerca de diversos temas e conseqüentemente ao questionamento da conjuntura política, nesse contexto, a ditadura. A atual juventude cresceu em meio à “liberdade” e encara hoje questões como doenças sexualmente transmissíveis, HIV, bem como o excesso no consumo de álcool, entre outras questões, que na verdade são resultantes do mau direcionamento do processo de distribuição do conhecimento e da péssima qualidade da educação formal.

Dentro do contexto apresentado, pensar uma ação social com jovens seria na verdade agir com responsabilidade e dignidade no aspecto horizontal da desconstrução e reconstrução de valores, de forma critica e construtiva, respeitando a liberdade do processo criativo, essencial na diversidade própria de reconstrução do ser, considerando as proporções de envolvimento processual com as temáticas que dão sustentação a estrutura social vigente, fonte de desigualdade e meio de alienação cultural.

O processo de aprendizado é essencialmente uma construção coletiva, onde educadores e educandos são parte integrante de uma dinâmica de descoberta que envolve as diversas formas de relacionar, seja na sua formatação histórica, a partir das relações de poder desenvolvidas ao longo das superposições de ideais, ou ainda na atual estrutura educacional, espaço de constante opressão ideológica, no que diz respeito à inviabilização do conhecimento para a grande maioria e fonte de questionamento.

A possibilidade de estabelecer um sentido digno e palpável na realidade dos jovens, remete à necessidade de construir novas fontes de acesso à descoberta do potencial inerente a todo ser humano, utilizando uma linguagem dinâmica, própria do meio, tão bem propagada pelo mestre em educação Paulo Freire e pouco executada nos estabelecimentos educacionais do nosso país.

Contudo, precisamos olhar para o espelho, ou seja, refletir nossas atitudes em nossa relação com nós mesmos, assim como com o mundo. Outrossim, refletir sobre os aspectos discriminatórios solidificados na condição cultural da humanidade, análise crucial dentro do desafio da paisagem exuberante difundida pelos artistas, poetas, fotógrafos, entre outros, porém pouco questionada na realidade da grande maioria dos jovens.

Diante desse desafio é preciso ações que envolvam e reflitam o jovem, seus processos discursivos e construtivos, solidificados ao longo da existência humana, linha constante de transformação, de forma ampla e envolvente para os atores desse universo, meta pessoal e condição essencial da minha permanência ativa na formação dos cidadãos e cidadãs.

Nessa perspectiva pensar e agir visa fixar parâmetros outros, com o intuito de movimentar a habilidade de socialização do ser humano, identificada já desde a fase gestacional, em consonância com a verdadeira face da história da humanidade, abrindo espaço para a percepção da riqueza da diversidade do ser humano. O passo seguinte seria ser e conviver...


A ditadura continua no regime democratico!

No último dia 25 de abril de 2008 , durante o seminário para discussão de uma proposta instituída pela iniciativa do vereador Helvécio e do professor da UFPE Ricardo Braga, para criação do parque dos manguezais, realizado na UFPE, foi possível reviver o autoritarismo e a repressão, no que diz respeito a censura da "liberdade de expressão". Essa ação se deu na tentativa de convidar a sair da sala onde realizava-se o seminário, o representante do Caranguejo Uçá Edson Fly, que fazia o registro do seminário para a TV Mocambo e a Rádio Boca da Ilha. Na ocasião um dos participantes, ou seja, o coordenador do encontro, por entender que o Sr. Edson Fly estava presente com o intuito de tumultuar o evento, e não compreender a importância da mídia comunitária na discussão, convidou-o a retirar-se. Esse convite veio em meio ao questionamento com relação a hipocrisia de se fazer de um espaço restrito, geograficamente falando, a única solução para a preservação ambiental da cidade do Recife, uma vez que há uma dimensão muito mais ampla de agressão ao meio ambiente, envolvendo toda a sociedade. Uma discussão de suma importância que vem sendo travada e retrata essa dimensão maior de agressão, iniciou-se a partir do dia 20 de agosto de 2007, com a realização da barqueata. Essa intervenção diz respeito a limpeza dos rios, fonte de recursos naturais e presença constante nos postais que retratam a exuberância da cidade do Recife pelo mundo a fora. A poluição dos rios que deveria envolver toda a sociedade, setores preocupados com o meio ambiente e principalmente o poder público, pela incoerência dos governantes, quando admitem a inexistência de um sistema de saneamento eficaz, inclusive nos prédios onde funcionam, como por exemplo o Palácio do Campo das Princesas, a Prefeitura da cidade do Recife, a Assembléia Legislativa, a câmara dos vereadores, entre outros, que despejam seus dejetos químicos e excreções fisiológicas nos principais rios do estado que compõem a capital, mas que como alvo de atuação, infelizmente ainda restringe-se aos pescadores, moradores das comunidades ribeirinhas, inclusive da Ilha de Deus.



Moradores agem para preservar manguezal da Ilha de Deus



Criatividade
Do JC OnLine
Publicado em 06.06.2007, às 16h34

Vídeo
Reveja matéria exibida
pela TV Jornal

Na semana do meio ambiente, numa das áreas mais pobres do Recife, moradores da comunidade da Ilha de Deus, na Imbiribeira, dão um exemplo de conscientização ecológica promovendo passeios e atividades educativas sobre a preservação da fauna e da flora locais.
A Ilha de Deus está localizada no segundo maior manguezal urbano do mundo e tem uma população de cerca de 900 pessoas. A taxa de analfabetismo entre os moradores é de 50%, menos de 30% têm água encanada ou coleta de lixo e a maioria da população vive da pesca e coleta de crustáceos.
Mesmo com um quadro tão desfavorável, a necessidade de preservação do meio ambiente mobilizou a comunidade a ponto de transformarem o manguezal em atração turística. A iniciativa partiu de uma entidade conhecida como Caranguejo Uça, que é formada por alguns amigos da comunidade. A entidade pretende, ainda, implantar uma cultura ecológica entre os moradores.

28 abril 2008

Apresentação na comunidade da Mangueira!




















O Trilha como o próprio nome já diz, são os caminhos que o viver a vida proporciona.
No intercâmbio com pessoas e ambientes, no mergulho dentro das esquinas do nosso próprio ser...
A proposta pretende estimular a concentração e o aprendizado, e dinamizar a vida de uma forma harmônica.

26 abril 2008

RÁDIOS COMUNITÁRIAS: "SEM A NOSSA VOZ NÃO HÁ DEMOCRACIA".


No último dia 17 de março, a Polícia Federal e a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL percorreram a região metropolitana do Recife e o interior do estado, com 18 equipes, na chamada operação: "Segurança no Ar!", segundo uma denúncia de interferência na comunicação do Aeroporto Internacional dos Guararapes. Esta ação foi amplamente divulgada pelas televisões, rádios e jornais locais, nos acusando de CLANDESTINIDADE, de colocarmos em risco o TRÁFEGO AÉREO e de CONCORRÊNCIA DESLEAL.
Informamos que não somos clandestinas, pois toda a comunidade sabe nosso endereço, além de nos dar LEGITIMIDADE na defesa dos direitos e na prática diária do exercício da comunicação comunitária.
Não interferimos no tráfego aéreo, pois nossos equipamentos são AUTORIZADOS E HOMOLOGADOS pelo Ministério das Comunicações, que determina a potência de 25wts conforme a legislação federal. As rádios comerciais, por exemplo, trabalham com potências MAIORES. Como sustentar esta informação se dos 56 mandados, apenas 6 rádios estavam em torno do Aeroporto, e quantas destas derrubaram aviões? Respondemos: NENHUMA!
Quanto à concorrência desleal, nota-se o pouco conhecimento acerca das rádios comunitárias, pois lutamos para garantir a sustentabilidade através
dos apoios culturais, que nos ajudam a pagar as despesas de água, luz e telefone. Somos voluntários e voluntárias, como determina a Lei das Rádios Comunitárias (9.612/98).
Nossa existência surgiu, justamente da necessidade de desenvolver atividades que contribuíssem para transformar a comunidade e potencializar essa transformação para fortalecimento e consciência dos moradores e moradoras na busca de sua identidade cultural e política, através de sua própria voz.
Agradecemos a todos e todas que compreendem o nosso papel, que nos incentivam, que nos defendem nas comunidades e contribuem no dia-a-dia com a nossa existência.
Agradecemos também, aos movimentos sociais, aos artistas independentes, as ONG's, as entidades nacionais e internacionais que defendem o direito humano a comunicação e aos parlamentares que defendem em seus mandatos a luta das rádios comunitárias.
Agradecemos a nossa família que ao longo desses anos tem sofrido conosco, a perseguição promovida pelas campanhas freqüentes da grande mídia, que nos humilha e criminaliza pelo fato de estarmos exercendo legitimamente o nosso direito a comunicação, conforme determina a Constituição Federal de 1988.
VIVA AS RÁDIOS COMUNITÁRIAS!
VIVA O DIREITO HUMANO À COMUNICAÇÃO!

ABRAÇO-PE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA - PE
AMARC- ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS
FERCOM – FEDERAÇÃO DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS DE PERNAMBUCO
ARPPE - ASSOCIAÇÃO DAS RÁDIOS POPULARES DE PERNAMBUCO.
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Mais informações:
abracope@yahoo.com.br (Napoleão Assunção/Abraço-PE)
radioguabirabafm@oi.com.br (Hélio Batista - FERCOM)
manina@mulheresdocabo.org.br (Manina Aguiar - AMARC)
( 55 (81) 96133231 / 86451395 (José Rufino - ARPPE)

Paula de Andrade
SOSCORPO - Instituto Feminista para a Democracia
Núcleo de Comunicação e Documentação
Telefone: +55 (81) 3087.2086

Coletivo Êxito d`Rua
AV. Sodrelândia, 1° travessa do campo
alto pascoal, n° 100 Recife PE
CEP 52211-001
(81) 8790-6206

www.exitodrua.org.br
www.myspace.com/exitodrua
www.fotolog.terra.com.br/olag

20 março 2008

Caranguejo Uçá marca presença no encontro com Gil e Mangabeira em Olinda!



O diálogo entre agentes culturais, lideranças municipais de cultura e representantes de diversos setores produtivos da sociedade foi acalorado com os ministros Roberto Mangabeira Unger e Gilberto - que acompanhou o Ministro de Assuntos Estratégicos na passagem da "Caravana de Debates" pela Bahia e Pernambuco. Cerca de 250 pessoas acompanharam o encontro no Auditório da Faculdade AESO, em Olinda. No debate, as perguntas versaram sobre poliíticas públicas para a cultura, a questão da terra em Pernambuco, a comunicação de massa versus TVs públicas, entre outros.
Ao centro da foto Edson Fly.