23 setembro 2016

Entrevista com Renata Albertim (Mete a Colher) na Rádio Boca da Ilha.


O Núcleo de Comunicação Caranguejo Uçá convidou a jornalista Renata Albertim (Mete a Colher) para um debate na Rádio Boca da Ilha sobre violência contra a mulher. A entrevista fez parte da programação dos 15 dias de ativismo contra a violência e contou com a participação de Ana Mirtes (Poupança Comunitária / Mulher Virtuosa), Simone Brito (SIS / Caranguejo Uçá) e Priscila Santos (Caranguejo Uçá). 






O debate transcorreu sobre temas como violência doméstica, violência psicológica, abusos sexuais, "culpabilidade" das vítimas de estupros, músicas com conteúdo de objetificação sexual da mulher, Lei Maria da Penha, feminicídio e Mete a Colher.

A"Mete a Colher" é uma rede de apoio que existe há seis meses e atinge todo o Brasil através das redes sociais. Após uma fase de experimentação Beta, a rede conseguiu através de uma campanha de financiamento coletivo (Benfeitoria) recurso para criação do aplicativo que provavelmente estará disponível gratuitamente para para iOS e Android em 2017. Segundo Renata, o aplicativo “Mete a Colher” nasceu em um evento Startup Weekend, onde uma das participantes e que hoje integra a equipe trouxe a ideia de criar alguma plataforma que ajudasse mulheres a sair de relacionamentos abusivos.

“A gente foi pra rua e fez pesquisa, foi na Delegacia da Mulher, na Clarice Lispector (Centro de Referência), conversou com advogadas, com ONG’s, foi no shopping pra conversar com as pessoas e saber o que elas achavam de um relacionamento abusivo, o que elas fariam se soubessem que alguma parente ou amiga estivesse passando por um relacionamento abusivo. A gente se muniu de informação para criar um aplicativo legal, útil e de acordo com o que as pessoas estão precisando", afirmou a entrevistada.







Em muitas situações, a violência contra a mulher, além de física, pode acontecer de forma psicológica ou emocional, e até reproduzido por crianças e jovens ao presenciarem atos abusivos dentro dos seus próprios lares. Neste sentido, aplicativos como o Mete a Colher podem contribuir para reverter esse cenário, prevenir a violência e ajudar vítimas. Para a jornalista, "A gente vive uma era da "Primavera Feminista", a rede social tá contribuído bastante pra que isso aconteça. Têm vários grupos, várias comunidades no Facebook, a gente tem que tá lá debatendo,  entrem também, façam grupos na vizinhança, conversem sobre isso, tragam isso pros seus filhos, pras suas filhas, mostrem o caminho da igualdade de gênero, de você saber que os seus direitos são iguais aos de qualquer outra pessoa.

Rádio Boca da Ilha, a rádio que não tem papa na língua.
Caranguejo Uçá é Arte & Solidariedade!




















Nenhum comentário: